Este BLOG faz parte do projeto de pesquisa "Olimpíadas Rio -2016: a espetacularização do esporte globalizado" vinculado à Universidade Estadual de Goiás e tem por objetivo publicizar as pesquisas e análises sobre as Olimpíadas Rio 2016.
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domingo, 15 de novembro de 2015
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
CRONOGRAMA DE ENCONTROS "GEOPOLÍTICA DO ESPORTE" 2015/02
LOCAL: SALA 12 - UEG - GOIÂNIA
CAMPUS ESEFFEGO
2015/02
HORÁRIO:
18h30 – QUINTAS FEIRAS (quinzenalmente)
CRONOGRAMA:
MÊS
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DIAS
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SETEMBRO
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03
e 17
|
OUTUBRO
|
01
e 29
|
NOVEMBRO
|
12
e 26
|
sexta-feira, 17 de abril de 2015
Olimpíadas RIO 2016 e a Verdadeira Miséria da Educação Física Brasileira
"O espetáculo é uma permanente Guerra do Ópio para fazer com que se aceite identificar bens as mercadorias; e conseguir que a satisfação com a sobrevivência aumente de acordo com as leis do próprio espetáculo." (Guy Debord)
Em 2016 o Brasil sediará o maior evento esportivo mundial, as olimpíadas Rio 2016 na capital carioca. São grandes as expectativas tanto dos empresários brasileiros, quanto do capital internacional em relação aos lucros e dividendos esperados da realização deste megaevento esportivo. Contraditoriamente, em meio às luxuosas e bilionárias instalações dos equipamentos e infra estrutura para a Rio 2016, o país convive atualmente com uma miséria quando se refere às instalações esportivas de escolas, universidades e centros esportivos públicos. Não estamos nos referindo aqui somente às instalações esportivas com o fim único na formação de atletas de alto rendimento ou unicamente para aquisições de medalhas olímpicas, aliás, não se pode medir a democratização, a qualidade e o acesso aos esportes tão somente pelo ranking de medalhas dos países divulgados pelo COI (Comitê Olímpico Internacional).
Na realidade, tais números podem esconder a verdade em relação à efetividade das políticas públicas esportivas de um país. O importante é analisar qualitativamente a relação entre a população e o acesso ao esporte como parte e elemento fundamental da cultura corporal humana, ou seja, na verdadeira promoção do esporte como garantia e direito de toda a população. Neste quesito, o Brasil talvez esteja de fato nas últimas colocações, pois nossa sociedade, além de ser excluída do lazer, da mobilidade, da moradia digna, do sanamento básico, da educação de qualidade, também não tem acesso ao esporte como direito social. Um exemplo claro desta triste realidade são as condições atuais das faculdades (licenciatura e bacharelado) dos cursos de educação física no Brasil, que formam os nossos professores, com instalações precárias e sucateadas, onde as aulas ocorrem sem condições mínimas de realização das práticas e atividades pedagógicas exigidas pelos cursos de de educação física.
A Universidade Estadual de Goiás, atualmente possui 4 cursos de educação física, localizados em distintas cidades do estado. Em Goiânia, capital do estado de Goiás, existe o campus mais antigo da UEG, chamado de ESEFFEGO, que possui o curso em licenciatura ampliada em educação física nos turnos matutino e vespertino, porém, as estruturas degradadas, deterioradas e sem manutenção, além de comprometerem as próprias aulas, chegam até mesmo a colocarem a saúde e a vida de professores e alunos em risco (Veja os vídeos sobre a UEG-ESEFFEGO postados nesta página).
O campus UEG - ESEFFEGO foi fundado no ano de 1962, e após esta data nunca passou por nenhuma reforma se quer, demonstrando o descaso e o descompromisso dos entes públicos com a educação e com o esporte. Ginásios esportivos com pisos danificados, piscina com estrutura física comprometida, salas de aula repletas de goteiras, academias com aparelhos obsoletos e danificados, pista de atletismo sem emborrachamento e campo de futebol totalmente degradado. Esta é atual realidade da maior faculdade de educação física do estado de Goiás, a chamada ESEFFEGO, com mais de 600 alunos matriculados (educação física e fisioterapia), porém sem condições mínimas de funcionamento.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
Crise de Água no Rio de Janeiro e Irrigação Contínua do Campo de Golfe
Irrigação diária da área do Campo de Golfe na Barra da Tijuca em plena crise hídrica no RJ: 3 milhões de litros de água/dia |
"O sujeito da história só pode ser o ser vivo produzindo a si mesmo, tornando-se mestre e possuidor de seu mundo que é a história, e existindo como consciência de seu jogo."
(Guy Debord)
Enquanto moradores da Zona Oeste do Rio de Janeiro realizam manifestações contra a falta de água na cidade, a prefeitura promove a irrigação contínua e diária do Campo de Golfe na Barra da Tijuca, local onde serão realizadas as etapas desta modalidade esportiva nas Olimpíadas RIO 2016. A irrigação do Campo de Golfe Olímpico consome cerca de 3 milhões de litros de água por dia, em um período de plena crise de abastecimento de água no Estado do Rio de Janeiro e em toda região Sudeste.
A falta de água em várias regiões do país é provocada principalmente pela falta de investimentos e planejamento em infraestrutura de saneamento e na construção de novos reservatórios de água por parte do governo. Além da falta de investimentos e planejamento na questão hídrica, fatores como as privatizações de empresas de saneamento e de tratamento de água em todo o país tem agravado a ainda mais a situação, já que tais empresas pouco investem em infraestrutura. A destruição das nascentes dos rios, das áreas de A.P.P. (como a de Marapendi) e a devastação dos principais biomas do país, como a Mata Atlântica, o Cerrado e a Amazônia pioram ainda mais a situação de aumento excessivo de temperaturas e de alterações drásticas no ciclo de chuvas, tendo consequências graves como estiagens e secas severas como as atuais. Além disso, a prefeitura da cidade do Rio informou que não há mais possibilidades de despoluição da Baía de Guanabara para a realização das modalidades aquáticas em 2016. As modalidades previstas para serem realizadas na Baía de Guanabara terão que se adaptarem à sujeira, pois a Baía recebe grande parte do esgoto não tratado da cidade.
Para saber mais click em: https://www.facebook.com/video.php?v=1414846965474681
QUE COMECEM OS JOGOS!
Manifestações do OCUPA GOLFE no Posto 10 |
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
OCUPA GOLFE - Área de preservação ambiental é destruída para realização da RIO 2016
"O espetáculo é a ideologia por excelência, porque expõe e expressa em sua plenitude a essência de todo o sistema ideológico: o empobrecimento, a sujeição e a negação da vida real."
(Guy Debord)
(Guy Debord)
Uma extensa área de preservação ambiental no Rio de Janeiro (A.P.P.) localizada na reserva ambiental de Marapendi, na Barra da Tijuca, com 11 milhões de metros quadrados de área, está sendo destruída para dar lugar às instalações do campo de golfe das Olimpíadas RIO 2016. Ao redor da lagoa de Marapendi, existe uma enorme área verde de manguezais, restingas e bancos de areia, mas que estão sendo destruídas, de forma ilegal, pelo próprio poder público local, em nome do esporte espetáculo do COB e COI. Os gastos com a construção do campo de golfe já ultrapassam a casa dos 60 milhões de reais (orçamento inicial feito pela prefeitura carioca), e a prefeitura da cidade do Rio insiste em dar continuidade às obras, sendo que neste local, além de ser uma área intocável (A.P.P. - Área de Preservação Permanente) abriga ainda várias espécies de animais em extinção, pertencentes ao bioma da Mata Atlântica, como o jacaré de papo amarelo, o lagarto de praia e a jacutinga.
Ativistas e moradores da região se mobilizaram de forma autônoma e independente para ocuparem a área de reserva ambiental, entretanto, após mais de 30 dias de ocupação, foram duramente reprimidos e agredidos pela guarda municipal da cidade do Rio de Janeiro no dia 20 de dezembro de 2014. Ativistas foram covardemente presos e ainda agredidos quando já se encontravam imobilizados e algemados (veja video acima). Com os dentes quebrados, escoriações pelo corpo, os manifestantes foram presos e todo o material da ocupação foi retirado violentamente pela guarda municipal carioca a mando do capital internacional da RIO 2016.
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